segunda-feira, dezembro 21, 2009

Tagides Nights


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segunda-feira, setembro 07, 2009

Canções da Resistência - um balanço

A 1 de Setembro de 1939 as forças alemãs invadiam a Polónia num ataque fulminante que ficou conhecido como "Blitzkrieg" (Guerra Relâmpago). Duas semanas antes, e para garantir o sucesso desta ofensiva militar, Ribbentrop havia sido enviado por Hitler a Moscovo para reunir com Estaline e garantir a assinatura de um pacto de não-agressão entre os 2 países. Em meados de Set. de 1939 Reino Unido e França declaravam guerra à Alemanha, enquanto a União Soviética invadia a parte oriental da Polónia, ficando este país dividido em 2 metades entre soviéticos e alemães. Estava instaurada a 2ª Grande Guerra Mundial, que só chegaria ao fim em Agosto de 1945 com um outro grande "relâmpago" , o da bomba atómica sobre a cidade japonesa de Nagasaki.

Pelo meio, muitas foram as pessoas que reuniram forças para lutar clandestinamente e à sua maneira contra o flagelo da guerra. A estas pessoas convencionou-se chamar "A Resistência". A que existia em França ficou particularmente famosa na década de 80 através da serie "Allô Allô". Mas a verdadeira resistência nem sempre teria um quotidiano tão hilariante. Para além dos que faziam parte das forças da Resistência no terreno, havia também aqueles que a exerciam no exilio. Kurt Weill era um desses exemplos. Por ser judeu, viu-se obrigado a abandonar a Alemanha, fugindo primeiro para a França e depois para os EUA. Foi no auge da guerra em 1941 que Weill decidiu dar o seu contributo para o esforço de guerra com as "Canções de Walt Whitmann". Estes textos, apesar de datarem da época da guerra civil americana, encontravam eco no cenário da 2ªGuerra, e a música de Weill, que começa com um caráter militarista em "Beat beat drums" e termina com um profundo suspiro lírico em "Dirge for two veterans" , não podia ser mais perfeita para ilustrar estas histórias de guerra em 4 sangrentos episódios.

Este ano assinalava-se o 70ºaniversário do inicio da 2ªGuerra Mundial, e como grande interessada por este capitulo da história e pela música de Weill, julguei que este era o momento certo para dar vida a estas canções em Portugal, e foi o que tentei fazer ao longo de 3 concertos. Porém esqueci-me de um pormenor muito importante : os concertos eram... em Portugal, onde o interesse pela História é tão fraco que a maioria dos licenciados em História ou estão no desemprego ou não trabalham nesta área.

No primeiro concerto, marcado para 25 de Abril na FBP até tive bastante audiência, propociada talvez pelo facto de estar num estabelecimento de diversão nocturna num sáb à noite, e julgo que a data de 25 de abril deu ao meu concerto uma outra conotação histórico-politica que não era a desejada. Já a 2 de Maio a audiência no Seixal foi fraca. Apesar de estar muito grata à Câmara por me ter recebido, fiquei triste pela fraca divulgação, por vezes também mal feita, pois à porta do auditorio o texto "Canções da Resistência" para soprano e piano poderá ter levado o público a julgar estar perante um concerto de música de Zeca Afonso em versão clássica. Além disso a escolha de uma data num fim-de-semana prolongado tambem foi infeliz pois, apesar da crise económica, os portugueses arranjam sempre dinheiro para ir passar um fim-de-semana prolongado a algum lado. Para o concerto final decidi mudar o título do concerto para "4 Canções da Guerra+5 Canções pela Paz" para não haver mais associações à Revolução Portuguesa, a acrescentei ao concerto o ciclo "5 Quiet Songs" de John Duarte para voz e guitarra. Porém quis assinalar a data da guerra no dia mais preciso que fosse possível, e como no dia 1 de set a sala estava fechada, ficou para dia 2 Set, uma 4ªfeira. Desta vez a escolha infeliz de data foi minha, pois quis ser historicamente precisa, em vez de comercial, e mais uma vez tive uma fraca audiencia, resultante de pouco tempo para divulgação, data a meio da semana e regresso de férias.

Pelo meio estive um pouco atenta à relevância que as televisões davam a este aniversário. Para variar,onde tive mais sorte foi na RTP2, onde assisti no dia 1 a uma cena de ciumes protagonizada por Puttin por causa de a Polónia ter melhores relações com a Alemanha do que com a Rússia (oh amigo Puttin, então não se lembra que vocês também os invadiram, e parece que fizeram ainda mais estragos que os alemães?!) e dia 6 set assisti ao excelente documentário SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - À PORTA FECHADA. O que mais me impressionou neste documentário foi justamente o testemunho de uma polaca que vivia em Lvov, cidade na parte invadida pela URSS e que chorou ao recordar como os soviéticos lhe bateram na cabeça e arrancaram os cabelos para lhe arrancarem uma confissão de espionagem. Estima-se que 45 a 65 milhões de pessoas perderam a vida na guerra. Outros sobreviveram para contar a história, mas há medida que os anos passam vão sendo cada vez menos. Restam-nos estes documentários televisivos, que vão gravando estes testemunhos enquanto é possível. Só me resta desejar que, num mundo onde já há pessoas que negam a existência do Holocausto e onde existe uma guerra ideologico-cultural entre oriente e ocidente em várias frentes, que estes documentários com estes testemunhos preciosos tenham mais audiência que as minhas "Canções da Resistência"...

sábado, agosto 29, 2009

4 Canções da Guerra+5 Canções pela Paz

Concerto que assinala os 70 anos do início da 2ªGrande Guerra Mundial
(1 de Set de 1939)


Tânia Valente (voz)
Alexey Shakitko (piano)
Ricardo de Morais Martins (guitarra)


Fábrica do Braço de Prata, 2 de Set. de 2009, 22h30

sábado, abril 11, 2009

Canções da Resistência


"Everybody tries to help the enormous war effort in his own way. Among other things, I've written some songs to poems by Walt Whitman, the great American Poet"

Kurt Weil, Carta aos pais na Palestina, 1941
Na Efeméride dos 70 anos do início da 2ªGuerra Mundial
"Canções da Resistência" de Kurt Weill
Tânia Valente (soprano)
Alexey Shakitko (piano)
FÁBRICA DO BRAÇO DE PRATA,
25 DE ABRIL, 00H00
AUDITÓRIO MUNICIPAL DO SEIXAL,
2 DE MAIO, 21H30*
* Mais informações sobre concerto no Seixal neste link

domingo, janeiro 04, 2009